sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

"deixa eu apoiar minha Louis Vuiton no seu balcão enquanto te peço um desconto"

A mulher com a bolsa da Louis Vuiton para em frente ao balcão e pede desconto na mensalidade de R$120,00.

A outra manda e-mail pedindo isenção da matrícula e aproveita para avisar que as filhas começam na semana que vem porque estão na Disney.

E tem a do carrão importado também, reclamando do reajuste que aumentará em 10 reais o seu gasto mensal.

Então vem a avó que cuida sozinha dos netos, porque a mãe das crianças faleceu, e que se vê em suas roupas e fala a falta de condições de arcar com atividades extras, sendo que estas crianças frequentam a creche pública e parecem não estar se alimentando muito bem.


Devo perguntar aqui para quem é que devermos dar o desconto?

Esta gente que desfila com marcas e tira férias na Europa todo ano acha mesmo que devo apertar meu caixa para elas. Com certeza nunca pensaram que talvez fosse mais legal nos deixar ajudar a quem realmente precisa. Querem o delas. 

O que é que estas pessoas estão pensando? Onde é que a gente foi parar?

Acho que elas perderam a noção e junto com ela a vergonha na cara. Se acostumaram a pedir e reclamar. Não sabem fazer diferente. Moda, virou moda. 
Será que de desconto em desconto elas juntam o dinheiro do marido para comprar a bolsa e o carro?

Porque elas não trabalham. Pelo menos não com comércio ou prestação de serviço. Senão saberiam o quanto incomoda e é feio pedir desconto toda hora e reclamar de preços com um carrão zero km na porta.

O povo quer ser enganado. Chego a essa conclusão. O que importa é a sensação de levar vantagem.
Não dá para querer ser diferente dos que colocam a tabela lá nos altos, para poder dar desconto sem prejuízo. É assim que todo mundo faz. Faça diferente, cobre o preço justo, e será infernizado por um bando de loucas e loucos pechincheiros que não arredam o pé até conseguirem algo, nem que isso seja às custas de muito desgaste, e até grosseria.