sábado, 18 de janeiro de 2014

Quem é que aguenta o exibido?

Tenho me sentido um pouco cansada de gente que ostenta.
Carros, roupas de marca, relógios, canetas, carteiras, bolsas e viagens. Estes são os principais.
Você está conversando sobre qualquer assunto e o exibido dá um jeito de introduzir as informações, normalmente irrelevantes e nada interessantes, do que ele tem ou de onde ele já foi.
Dá uma preguiça fazer aquela cara de que é super normal e muito importante ter aquilo tudo, que se eu pudesse eu encerrava a conversa ali mesmo. Confesso que tento encerrar, com todas as minhas estratégias.
O que esse sujeito acha? Que eu vou achar que ele é incrível? Que vou virar fã?
Ou será que ele não sabe falar de outra coisa mesmo?
Estes dias comecei a pesquisar blogs de moda. Fiquei assustada pois a maioria das bloggeiras só fala de marcas e de Miami. Afe. Pra mim não dá.
Os exibidos se merecem, gostam de mostrar e gostam de quem mostra. Quando eles batem papo ocorre um formato de competição de bens materiais e destinos no mundo. Devem sair da conversa pensando em ter o que o outro tem, não podem ficar para trás.
Nós, pessoas normais, gostamos de ter as coisas, gostamos de viajar. Mas não temos o costume de enfatizar isso. Muitas vezes temos o cuidado de não ostentar para não parecermos exibidos. Não queremos ser confundidos com "aquele tipo de pessoa".
Outro dia avisei um amigo que ele estava se tornando um destes exibidos. Ele já não percebia mais. Virou mania. Agradeceu depois, e voltou a ser o cara legal. Ufa.